Na noite desta sexta (27) a deputada estadual Divaneide Basílio (PT) foi reconduzida à presidência do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), em Natal. Ela foi eleita pela 1ª vez para dirigir o partido na capital potiguar em 2019, tomando posse em 2020.

Durante o encontro, que teve a participação da militância, trabalhadores, filiados, pré-candidatos, movimentos sociais e sociedade civil, além de membros já eleitos, como o deputado federal Fernando Mineiro (PT), o grupo defendeu o nome da deputada federal Natália Bonavides (PT) para disputar a Prefeitura do Natal nas eleições de 2024.

Depois de tantos anos e tantas décadas, Natal pode e deve ter uma gestão de esquerda, uma gestão popular, feminista”, comentou a vereadora Brisa Bracchi (PT) que, junto com Daniel Valença (PT), integram a bancada de oposição do partido ao atual prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos).

A partir de agora, Divaneide passa a ter Samanda Alves (PT) como sua vice no Diretório Municipal. Samanda, que é de Mossoró, é a suplente de Natália na Câmara dos Deputados e pode assumir a cadeira pelo RN, em Brasília, caso Bonavides seja eleita para o Executivo Municipal no próximo ano.

Natália Bonavides tem marcado posição crítica a algumas decisões do atual prefeito de Natal, uma delas é em relação ao transporte público da capital, que perdeu várias linhas depois que empresários do setor alegaram prejuízo e recolheram os ônibus sem aviso prévio.

Álvaro Dias nunca chegou a se posicionar contra a retirada das linhas, ao contrário de Natália Bonavides, que conseguiu na Justiça onze decisões favoráveis ao retorno definitivo das linhas de ônibus que foram retiradas de circulação em Natal durante a pandemia do novo coronavírus.

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU), sob a gestão de Dias, também chegou a anunciar em dezembro de 2021 a cobrança da passagem da linha 588, o “Circular” que transporta os estudantes dentro do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi depois de protesto dos universitários e também em resposta a uma outra ação da deputada e pré-candidata à Prefeitura de Natal que o juiz Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho, da 6ª Vara da Fazenda Pública, decidiu pelo fim da cobrança.

“A gente vai andar essa cidade toda, que vai ver a campanha mais bonita para conquistar mentes, corações e votos. Vamos fazer algo que nunca aconteceu ainda!”, anunciou Bonavides.

Atualmente, o prefeito de Natal está com um projeto de sua autoria na Câmara Municipal de Natal que amplia a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) às concessionárias e permissionários de transporte público coletivo de Natal. O benefício, que vai até dezembro de 2024, é retroativo a janeiro deste ano, o que vai garantir aos empresários do transporte uma economia de R$ 600 mil por mês, se for aprovado.

A proposta recebeu emendas de vereadores do PT, como a garantia de que durante o período em que as empresas recebessem a isenção, não aumentaria o preço da passagem (proposta por Brisa) e a duplicação da atual frota do Circular (proposta por Daniel Valença), mas as emendas foram vetadas pelo prefeito.

Esta semana, Álvaro Dias sofreu uma derrota na Câmara Municipal do Natal. Sob pressão da bancada de oposição e dos professores que ocuparam as galerias da Casa, os vereadores da bancada do prefeito tiraram de tramitação o Projeto de Lei Complementar 19/2023, que previa a criação de uma nova carreira para os professores da rede municipal de Educação com jornada de 30h semanais e extinção das atuais carreiras já existentes e regulamentadas pela lei nº 58/2004 (voltada para os professores do ensino fundamental) e pela lei nº 114/2010 (trata dos professores dos Centros Municipais de Educação Infantil). 

Os professores criticaram que o projeto foi elaborado sem a participação da categoria e alertaram que, na prática, o PLC criar uma terceira carreira, já que os próximos professores que ingressassem na rede municipal de ensino estariam sujeitos a uma nova regulação que, entre outras coisas, previa o congelamento dos salários durante os quatro primeiros anos dos professores que ingressarem na carreira, permitiria remoções arbitrárias e não havia previsão de horas destinadas ao planejamento das aulas.

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