
A cultura popular potiguar ganha mais um importante reconhecimento. Foi sancionada a lei de autoria da deputada estadual Divaneide Basílio (PT) que reconhece o Pastoril como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio Grande do Norte. A nova legislação valoriza uma das mais antigas e encantadoras manifestações do ciclo natalino nordestino, símbolo de fé, tradição e resistência cultural.
Originado das representações religiosas e das festas populares, o Pastoril une música, dança, teatro e religiosidade, sendo uma expressão profundamente enraizada nas comunidades do interior e nas periferias urbanas. Com o reconhecimento, o Estado reafirma o compromisso de preservar e fortalecer essa manifestação artística que atravessa gerações.
Protagonista na defesa dos direitos dos artistas e da cultura potiguar, Divaneide Basílio destacou o significado simbólico da lei:
“O Pastoril é memória viva do nosso povo. É arte que nasceu do coração das comunidades e segue resistindo pela força das mulheres, dos grupos populares e da fé. Torná-lo Patrimônio Cultural Imaterial é um ato de amor e de reconhecimento da riqueza do nosso povo artista. Defender a cultura é defender a identidade do Rio Grande do Norte”, afirmou a deputada.
O mandato de Divaneide tem se consolidado como referência na valorização das expressões populares e do turismo de base comunitária, com uma série de iniciativas que fortalecem o setor. Entre elas, o reconhecimento do Boi de Reis e das Matrizes Tradicionais do Forró como patrimônios imateriais do Estado, além da criação de rotas culturais como a Rota dos Mercados Públicos e das Feiras Livres e a Rota da Gastronomia Potiguar.
Com o reconhecimento do Pastoril, o RN reafirma seu compromisso com a cultura que nasce das ruas, das praças e das comunidades — a cultura que pulsa no cotidiano e na alma do povo potiguar.