A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou o Projeto de Lei de autoria da deputada estadual Divaneide Basílio (PT) que reconhece o Campeonato de Blocos Carnavalescos de Macau como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado, um dos eventos mais emblemáticos do pré-carnaval da cidade, nascido da paixão de jovens macauenses por futebol e carnaval
Com 52 anos de história, o tradicional campeonato é considerado um dos maiores símbolos da identidade cultural e esportiva potiguar, reunindo gerações em torno do esporte.
Para a deputada Divaneide, a iniciativa representa o reconhecimento da força e da história do carnaval de Macau, que há décadas movimenta a cidade e inspira o povo potiguar:
“O Campeonato de Blocos Carnavalescos de Macau é um patrimônio afetivo, social e esportivo do nosso povo. Esse reconhecimento é uma forma de valorizar essa tradição que movimenta a cidade”, destacou a parlamentar.
Com a aprovação, o Campeonato de Blocos Carnavalescos de Macau passa a integrar oficialmente o conjunto de bens imateriais protegidos por lei no Rio Grande do Norte, reafirmando o compromisso da Assembleia Legislativa com a preservação da cultura popular potiguar.
O campeonato
Tudo começou durante as férias escolares de dezembro de 1971. Estudantes e integrantes dos blocos carnavalescos Equipicão, Jardim de Infância, Os Demônio e Os Sombras decidiram criar uma atividade esportiva para animar o período que antecedia o Carnaval de Macau. Como o futebol de salão já era muito popular na cidade, a escolha do esporte para o torneio foi unânime.
O primeiro Campeonato de Blocos Carnavalescos de Macau aconteceu em 15 de janeiro de 1972, um sábado, na quadra de esportes do Ginásio Padre Penha. O Bloco Equipicão sagrou-se o primeiro campeão, marcando o início de uma grande tradição. A história do Campeonato de Blocos Carnavalescos de Macau é motivo de orgulho e celebração. A memória dos atletas-foliões que fizeram história nas quadras da cidade permanece viva, assim como a importância de valorizar e incentivar o esporte.